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Fernando Brito, no TIJOLAÇO
Com grande destaque nos jornais de Minas, o encontro entre Aécio Neves e Eduardo Campos, ontem, em Recife sacramentou que o PSB vai apoiar a candidatura de Pimenta da Veiga (PSDB). Em contrapartida, os tucanos vão apoiar o candidato do PSB ao governo de Pernambuco, Paulo Câmara.
Não é novidade e a “rebeldia” dos marineiros mineiros foi mais jogo de cena que qualquer outra coisa, embora não se possa dizer a mesma coisa dos eleitores potenciais de Marina Silva
Da mesma forma, fica claro que não queria dizer nada a manifestação de Marina, quando o comando nacional da “Rede” os desautorizou dizendo que, entretanto, reafirmava “sua prioridade na definição de candidaturas que reflitam seus valores e princípios e reforcem o projeto nacional da aliança com o PSB“.
A aliança nacional do PSB, de verdade, é com a do PSDB, com o qual estabeleceu uma estratégia complementar.
Salvo uma ou outra incompatibilidade local incontornável haverá um identidade nacional entre ambos.
E não é difícil imaginar que as ambições pessoais de Eduardo Campos possam ser mais importantes, neste processo, que o conjunto de forças conservadoras que vê, na parceria PSDB-PSB a sua parca chance eleitoral.
Na qual Marina Silva entra, apenas, como um elemento diversionista, onde já não se sabe se a força motriz é vaidade, ressentimento ou uma natureza conservadora que o simples ambientalismo não tira de ninguém.
A simbiose, melhor, ao mutualismo – entre Campos e Aécio fica evidente no pacto de manutenção, para cada um, de seu “curral” eleitoral.
Mas, a essa altura, não é surpresa que eles tenham escolhido a comunhão universal.
Como diz Fernando Henrique Cardoso, tanto faz qual dos dois, não importa.
Porque as eleições no Brasil, desde 1994, acabam sendo plebiscitária.
Ou, mais precisamente, uma disputa entre o passado e o futuro, a independência e o colonialismo, o desenvolvimento ou o atraso.
Coisa que, muitas vezes, a natureza tíbia do PT o impede de perceber.
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