Fernando Henrique entra em campo. Dilma não contava com este reforço
17 de fevereiro de 2014 | 22:18 Autor: Fernando Brito
As constatações não são minhas, mas do colunista João Bosco Rabello, do Estadão:
“A participação cada vez mais intensa do ex-presidente Fernando Henrique na orientação estratégica do PSDB, e seus conteúdos em textos e em fóruns privados dos quais participa, indicam que rivalizará com o ex-presidente Lula na campanha presidencial deste ano.
Ambos movimentam as candidaturas de seus partidos, revivendo a polaridade que marca há duas décadas as eleições brasileiras entre PT e PSDB. Excluído da última campanha do partido, pela opção equivocada de negar a privatização, Fernando Henrique parece cada dia mais atuante na crítica à gestão do governo e ao modelo de governança do PT”.
Deixo ao caro leitor e à arguta leitora a interpretação disto.
Registro, apenas, que a entrada do “Farol de Alexandria” diretamente na disputa é o maior sinal de que Aécio Neves, mesmo com dois anos de exposição como pré-candidato, não conseguiu ter luz própria.
O próprio colunista do estadão, certamente sem o mesmo viés crítico, o reconhece, em outro texto:
”Sua pouca visibilidade pessoal ( de Aécio Neves)é compensada pelo conhecimento de que concorre pelo partido de Fernando Henrique Cardoso, José Serra e outros de expressão nacional e regional.”
Certo, certo…
Francamente, do ponto de vista estratégico, 11 entre 10 analistas políticos não diriam que possa ser interessante, para que tem alguma perspectiva de ganhar uma eleição majoritária no Brasil, ser “o candidato de FHC”.
Parece mais um movimento para não perder a “liderança do segundo lugar” do que o de quem disputa para valer.
O ex-presidente na linha de frente da campanha de Aécio é um reforço com que a candidatura Dilma Rousseff não contava.
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