afirma Dilma
Redação da Revista CartaCapital
A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira 5 que a morte do presidente venezuelano Hugo Chávez deixará um vazio “no coração, na história e nas lutas da América Latina”.
“Em muitas ocasiões, o governo brasileiro não concordou integralmente com o presidente Hugo Chávez. Porém, hoje, como sempre, nós reconhecemos nele uma grande liderança, uma perda irreparável e, sobretudo, um amigo do Brasil. Um amigo do povo brasileiro”, disse.
A declaração foi feita durante o 11º Congresso Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, em Brasília. Ao iniciar sua fala, ela pediu um minuto de silêncio pela morte do presidente.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também manifestou pesar pelo falecimento. Em nota, disse ter orgulho de ter “convivido e trabalhado com ele pela integração da América Latina e por um mundo mais justo”.
“Eu me solidarizo com o povo venezuelano, com os familiares e correligionários de Chávez, neste dia tão triste, mas tenho a confiança de que seu exemplo de amor à pátria e sua dedicação à causa dos menos favorecidos continuarão iluminando o futuro da Venezuela.”
Derrotado nas eleições presidenciais venezuelanas de 2012, o líder da oposição, Henrique Capriles, pediu união. “Em momentos difíceis, devemos demostrar nosso profundo amor e respeito pela Venezuela!União da família venezuelana!”, disse em sua conta no Twitter. “Minha solidariedade a toda a família e seguidores do presidente Hugo Chávez, advogamos pela unidade dos venezuelanos neste momento.”
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, foi outro líder sul-americano a comentar o ocorrido. Segundo ele, a morte de Chávez é uma perda para a América Latina. “O melhor tributo que podemos fazer à memória de Hugo Chávez é atingir o sonho que ele compartilhou conosco de chegar a um acordo para o fim do conflito [com as Farcs] e ver uma Colombia em paz”, afirmou.
Santos também lembrou que ao assumir o poder na Colômbia, precisou deixar de lado as diferenças com o colega. Chávez havia rompido relações diplomáticas com Bogotá no governo de Álvaro Uribe em 2010, quando foi acusado de financiar as Farcs.
Em tom de crítica ao governo do bolivariano, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse apoiar o povo venezuelano conforme o país “inicia um novo capítulo de sua história”. “Os EUA permanecem comprometdos com políticas que promovam os princípios democráticos, as regras da lei e o respeito pelos direitos humanos”, afirmou em comunicado.
O texto ainda reforça a intenção dos EUA em manter relações com a Venezuela. “Neste momento desafiador da morte do presidente Hugo Chávez, os EUA reafirmam o apoio ao povo venezuelano e seu interesse em desenvolver uma relação contrutiva com o governo”, disse horas após Caracas expulsar do país dois adidos militares da embaixada americana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário