Os próximos anos e o novo governo são aguardados com otimismo pela larga maioria dos brasileiros
Para a maioria das pessoas, as eleições vêm e vão. Durante certo período, normalmente nos dois ou três meses que as antecedem, elas se interessam, se motivam, acompanham o noticiário. Discutem com os amigos, põem adesivos nos carros, assistem aos programas eleitorais (na maior parte das vezes, para se divertir um pouco).
À medida que o tempo passa e a data se aproxima, consolidam tendências a votar em determinado candidato, se decidem e, quando chega a hora, votam. Ficam curiosas enquanto a apuração avança e contentes ou tristes quando sai o resultado.
No dia seguinte, tudo começa a voltar ao normal. As conversas escasseiam, os plásticos são retirados dos automóveis. A política reocupa seu lugar na vida cotidiana, raramente grande, salvo para a pequena parcela muito politizada.
Essa é diferente, e os eleitores que a integram nunca descansam. Estão sempre preocupados com a política e conhecem os detalhes do seu dia a dia. Para eles, é como se a eleição não terminasse. Meses depois, continuam a defender seu candidato e a atacar os adversários, quando o resto do País nem se lembra mais dela.
A eleição presidencial aconteceu há apenas 40 dias, mas ela já é passado para a maior parte da opinião pública. Salvo para os petistas mais entusiasmados ou os tucanos mais aguerridos, o confronto entre Dilma Rousseff e José Serra acabou. A grande maioria dos que votaram na vencedora e dos que acreditaram no perdedor não está mais em campos opostos.
É isso que se vê nos dados de uma recente pesquisa nacional da Vox Populi, feita nos últimos dias de novembro.
De seus resultados, alguns dos mais relevantes dizem respeito à imagem de Dilma, avaliada em cinco dimensões: Sinceridade, Preocupação com os mais pobres, Ter boas propostas para o País, Liderança e Preparo.
O pior resultado da presidente eleita foi obtido no item Sinceridade, com 59% dos entrevistados dizendo que achavam que ela era sincera, e 22% que não. Nos demais atributos, seus números positivos sempre foram iguais ou superiores a 65%: os que acham que ela é Preocupada com os pobres e os que a consideram Preparada para administrar o País estão nesse patamar e os que a avaliam como tendo Melhores propostas e Com liderança chegam a 67%.
As avaliações negativas vão de 20% (no item Preocupação com os mais pobres) a 25% (no quesito Preparo para administrar). Ou seja, nunca passa de um quarto a proporção de pessoas que desconfiam da presidente, seja em atributos individuais ou administrativos. Pelo visto, a campanha das oposições não conseguiu convencer mais que uma em cada quatro pessoas de que Dilma não estava habilitada para exercer a Presidência.
Na verdade, em todos os atributos, as respostas negativas são inferiores à proporção de votos obtidos por Serra. Lembrando que ele alcançou perto de 41% do voto total, seria possível dizer que cerca de metade das pessoas que votaram no tucano não avalia Dilma de maneira desfavorável um mês e pouco depois da eleição. Inversamente, a proporção dos que a avaliam positivamente, em qualquer um dos cinco itens pesquisados, ultrapassa a votação que obteve.
Não é surpresa, portanto, que os próximos anos e o governo Dilma sejam aguardados com otimismo por uma larga maioria dos brasileiros. Quanto à economia, por exemplo, apenas 6% dos entrevistados acham que ficará pior até o final de sua administração, enquanto 65% dizem que melhor (entre eleitores de Serra, 45% têm essa opinião, contra 13% de pessimistas).
Comparando o governo que termina com o que começa em janeiro, as expectativas são muito favoráveis, considerando a quase unanimidade que Lula alcançou: 22% acreditam que o governo Dilma será melhor que o de Lula, ou seja, que vai superar algo bom. Os que acham que ela será pior que o atual presidente são 10%, ficando 62% com a impressão de que será igual (6% não sabem).
Pensando na posição internacional do Brasil, os sentimentos em relação ao futuro imediato também são de confiança. Quase dois terços dos entrevistados (61%) imaginam que o País continuará a aumentar sua importância no cenário mundial, mesmo sem o carisma pessoal de Lula, e apenas 28% de que isso não vai acontecer.
O que números como esses mostram é quão equivocada é a tese de algumas lideranças da oposição, a respeito do tamanho que ela teria alcançado nas eleições que fizemos em outubro. No calor da hora, turbinada por uma campanha fortemente negativa movida contra Dilma pela quase totalidade da “grande imprensa”, a oposição chegou aos 41% que Serra obteve.
Mas nem se passaram seis semanas e as coisas voltaram a ficar diferentes. Hoje, por qualquer lado que se olhe (má avaliação da presidente eleita, baixas expectativas em relação ao País e a seu governo), o sentimento oposicionista está mais perto de 20% que de 40%.
Para a maioria das pessoas, as eleições vêm e vão. Durante certo período, normalmente nos dois ou três meses que as antecedem, elas se interessam, se motivam, acompanham o noticiário. Discutem com os amigos, põem adesivos nos carros, assistem aos programas eleitorais (na maior parte das vezes, para se divertir um pouco).
À medida que o tempo passa e a data se aproxima, consolidam tendências a votar em determinado candidato, se decidem e, quando chega a hora, votam. Ficam curiosas enquanto a apuração avança e contentes ou tristes quando sai o resultado.
No dia seguinte, tudo começa a voltar ao normal. As conversas escasseiam, os plásticos são retirados dos automóveis. A política reocupa seu lugar na vida cotidiana, raramente grande, salvo para a pequena parcela muito politizada.
Essa é diferente, e os eleitores que a integram nunca descansam. Estão sempre preocupados com a política e conhecem os detalhes do seu dia a dia. Para eles, é como se a eleição não terminasse. Meses depois, continuam a defender seu candidato e a atacar os adversários, quando o resto do País nem se lembra mais dela.
A eleição presidencial aconteceu há apenas 40 dias, mas ela já é passado para a maior parte da opinião pública. Salvo para os petistas mais entusiasmados ou os tucanos mais aguerridos, o confronto entre Dilma Rousseff e José Serra acabou. A grande maioria dos que votaram na vencedora e dos que acreditaram no perdedor não está mais em campos opostos.
É isso que se vê nos dados de uma recente pesquisa nacional da Vox Populi, feita nos últimos dias de novembro.
De seus resultados, alguns dos mais relevantes dizem respeito à imagem de Dilma, avaliada em cinco dimensões: Sinceridade, Preocupação com os mais pobres, Ter boas propostas para o País, Liderança e Preparo.
O pior resultado da presidente eleita foi obtido no item Sinceridade, com 59% dos entrevistados dizendo que achavam que ela era sincera, e 22% que não. Nos demais atributos, seus números positivos sempre foram iguais ou superiores a 65%: os que acham que ela é Preocupada com os pobres e os que a consideram Preparada para administrar o País estão nesse patamar e os que a avaliam como tendo Melhores propostas e Com liderança chegam a 67%.
As avaliações negativas vão de 20% (no item Preocupação com os mais pobres) a 25% (no quesito Preparo para administrar). Ou seja, nunca passa de um quarto a proporção de pessoas que desconfiam da presidente, seja em atributos individuais ou administrativos. Pelo visto, a campanha das oposições não conseguiu convencer mais que uma em cada quatro pessoas de que Dilma não estava habilitada para exercer a Presidência.
Na verdade, em todos os atributos, as respostas negativas são inferiores à proporção de votos obtidos por Serra. Lembrando que ele alcançou perto de 41% do voto total, seria possível dizer que cerca de metade das pessoas que votaram no tucano não avalia Dilma de maneira desfavorável um mês e pouco depois da eleição. Inversamente, a proporção dos que a avaliam positivamente, em qualquer um dos cinco itens pesquisados, ultrapassa a votação que obteve.
Não é surpresa, portanto, que os próximos anos e o governo Dilma sejam aguardados com otimismo por uma larga maioria dos brasileiros. Quanto à economia, por exemplo, apenas 6% dos entrevistados acham que ficará pior até o final de sua administração, enquanto 65% dizem que melhor (entre eleitores de Serra, 45% têm essa opinião, contra 13% de pessimistas).
Comparando o governo que termina com o que começa em janeiro, as expectativas são muito favoráveis, considerando a quase unanimidade que Lula alcançou: 22% acreditam que o governo Dilma será melhor que o de Lula, ou seja, que vai superar algo bom. Os que acham que ela será pior que o atual presidente são 10%, ficando 62% com a impressão de que será igual (6% não sabem).
Pensando na posição internacional do Brasil, os sentimentos em relação ao futuro imediato também são de confiança. Quase dois terços dos entrevistados (61%) imaginam que o País continuará a aumentar sua importância no cenário mundial, mesmo sem o carisma pessoal de Lula, e apenas 28% de que isso não vai acontecer.
O que números como esses mostram é quão equivocada é a tese de algumas lideranças da oposição, a respeito do tamanho que ela teria alcançado nas eleições que fizemos em outubro. No calor da hora, turbinada por uma campanha fortemente negativa movida contra Dilma pela quase totalidade da “grande imprensa”, a oposição chegou aos 41% que Serra obteve.
Mas nem se passaram seis semanas e as coisas voltaram a ficar diferentes. Hoje, por qualquer lado que se olhe (má avaliação da presidente eleita, baixas expectativas em relação ao País e a seu governo), o sentimento oposicionista está mais perto de 20% que de 40%.
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