07 junho 2014

SEM COMPLEXOS

Preparativos para a Copa criaram 710 mil
novos empregos


Najla Passos, na Agência Carta Maior
Arquivo


Brasília - O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), principal fórum de interlocução entre governo e sociedade civil, manifestou posição favorável à realização da copa no Brasil, durante seu 43º pleno, realizado no Palácio do Planalto, na quinta (6). “Uma copa do mundo é a forma mais objetiva e mais fantástica de você expor o seu país”, afirmou o conselheiro Antônio Trevisan, escolhido pelo grupo para apresentar o posicionamento coletivo à presidenta Dilma Rousseff e seus ministros.

Representante da sociedade civil no CDES, Trevisan é consultor e empresário, presidente da Trevisan Escola de Negócios e da Trevisan Editora. Membro da Academia Brasileira de Ciências Contábeis e de Economia, da Academia Paulista de Contabilidade, do Conselho do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), do Movimento Brasil Competitivo (MBC) e do Conselho Superior de Economia (Cosec) da Fiesp, também é um apaixonado por futebol.

Ele contou que, quando esteve na Grécia para conhecer a experiência do país que realiza olimpíadas há mais de dois mil anos, descobriu quantos erros já haviam sido cometidos na realização dos eventos. “Não é fácil organizar um evento deste porte. Mas nós sabemos organizar eventos. Mostramos isso na Jornada Mundial da Juventude, na Copa das Confederações e, principalmente, e na Rio 20”, ressaltou.

Trevisan também enfrentou as polêmicas que cercam a copa do mundo no Brasil. “O que vem primeiro, o estádio de futebol ou o time?”, questionou ele, em razão das críticas à construção de estádios em regiões sem larga tradição no futebol, como Brasília. A resposta ele buscou no exemplo de Minas Gerais. “O estado primeiro fez o Mineirão e hoje tem dois grandes times”, afirmou.

O conselheiro criticou a afirmativa de que os gastos com o mundial inviabilizam a melhoria da educação.  “Os investimentos para a copa somam 10% do orçamento da educação em um ano. Então, não há que se falar nisso”, rebateu. Sobre a copa não dar retorno ao país, também foi categórico em recusar a premissa. “Antes de começar, a copa já gerou R$ 142 milhões para o Brasil”, contabilizou.

Em relação às críticas de que o mundial não gera trabalho decente, Trevisan afirmou que os preparativos abriram 710 mil novos postos de trabalho, 50 mil deles na construção dos estádios. E qualificou mão-de-obra em larga escala, o que significa um grande legado para o país. “São 165 mil capacitados via Pronatec”, destacou.

Quanto aos questionamentos se a copa traz turistas ou não, afirmou que as estimativas apontam para três milhões de brasileiros e 600 mil estrangeiros circulando durante o mundial. E sobre o legado social do evento, citou o percentual de 60% de mulheres qualificadas pelo Pronatec. “Quando me formei em contabilidade, 95% da turma era formada por homens”, comparou.


Créditos da foto: Arquivo

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